Na corrida para o sucesso, vence quem tem mais atitude
O ultramaratonista Raphael Bonatto explicou como vencer desafios em evento para corretores e gerentes de imobiliárias associadas à Rede Secovi de Imóveis, na terça-feira, 21/6, na sede do Sindicato e com transmissão simultânea.
Sua experiência como atleta, desde os 7 anos, foi a mola mestra da palestra, na qual apontou o equilíbrio como um dos aspectos indispensáveis para estabelecer metas e conquistar objetivos. “Na corrida para o sucesso, vence quem tem mais atitude. Ninguém motiva ninguém. Podemos apenas despertar este desejo nas pessoas”, afirmou.
Apesar de jovem, disse ter muita história para contar, incluindo a participação em provas em diversos países. “O esporte tem tudo a ver com a área de vendas e vou mostrar como. Imagine vender patrocínio para ultramaratona, algo pouco conhecido. Consegui bons patrocinadores, tive a oportunidade de formar a minha empresa, e a grande sacada foi encaixá-La em um grupo que tem muitos clientes”, contou.
Por que um vendedor tem sucesso e outro, com as mesmas condições de trabalho, não? Este questionamento levou a empresa em que trabalhava a realizar um estudo envolvendo pessoas que se destacam. O levantamento apontou que elas acordam diariamente dispostas a vencer, têm metas e objetivos claros, não desistem, aprendem algo todos os dias, acreditam na força do entusiasmo e naquilo que fazem, não se permitem ter medo e não desperdiçam tempo.
“Em palestras motivacionais, todos falam para acreditar sempre na vitória, e pude experimentar isso. Precisamos ter um egocentrismo saudável (pensar em nós mesmos)”, ensinou. O ser humano é essência, mas a maioria “é estar humano, fazer humano, ter humano”. As pessoas devem se afastar de pensamentos negativos e daqueles que não agregam nenhum valor. “Elimine o ‘se’ e corra atrás do que deseja.”
Segundo ele, as pessoas só entendem o propósito de uma missão quando têm uma – a do atleta, por exemplo, é cruzar a linha de chegada. Campeões precisam ter metas e objetivos claros, em consonância com o caminho. Não ter um desafio é complicado. É indispensável, ainda, assumir compromisso. Ele usou como exemplo jogadores de futebol brasileiros, cuja habilidade provém de jogos na periferia, nos quais aprendem a driblar porque os times contam com mais de 20 jogadores de cada lado em um campinho.
Para o palestrante, ter equilíbrio é o ponto principal, o mais sensato. Da mesma forma, impor desafios todos os dias é essencial para crescer, ter sucesso. O vendedor precisa ter técnica, estudar.
Importante em vendas é controlar o medo, tomar a iniciativa e fechar o negócio. “Quem sabe o que faz e como faz, nunca é dominado pelo medo. O líder positivo é aquele que toca a bola para os outros, conta seus segredos, divide. Essa relação inclui também a humildade de receber a informação de forma positiva.”
Nunca desistir! Outra atitude vencedora, na concepção de Raphael Bonatto. Ele lembra que Thomas Edison fundou a General Electric, uma das 12 empresas que fundaram o índice Dow Jones e a única que sobreviveu. “Edison nunca desistiu. Tinha 67 anos quando seu laboratório queimou. O filho entrou em desespero, enquanto ele enxergou a ocorrência como algo positivo, pois poderia se reinventar”, exemplificou e completou: “Equilíbrio, novamente. Sempre lembrando que não há persistência sem barreiras.”
Acreditar na força do entusiasmo é a sétima atitude da lista. Se não gosta de vender determinado produto, procure outra atividade, aconselha o esportista. “No mundo de hoje, acomodou é xeque mate.”
Encerrando a lista, ele orienta a aprender algo diariamente, sair da rotina, pois a situação muda a cada instante. Outro conselho: atualizar conhecimentos e aprender com erros e acertos. “Além de saber aceitar críticas e ser humilde.
Resumo da história – Raphael Bonatto, hoje com 31 anos, começou no atletismo aos sete, em 1987. Conseguiu bolsa de estudo em escola particular, pela qual tinha de competir e ganhar. Depois, ingressou na Universidade Federal do Paraná e, mais tarde, ainda como bolsista, entrou na University of Pittisburgh (EUA). Em 1998, correu sua primeira maratona, sem qualquer tipo de preparação. A partir de então, percebeu que a genética o favorecia, começou a correr e, em seguida, partiu para o Iron Man/Triathlon – modalidade que considerou mais fácil que a maratona. Entrou no ‘mundo da ultramaratonas em 2007.