Mercado imobiliário da Baixada é um dos que mais crescem no País
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) na Baixada Santista realizou, na manhã de terça-feira, 14/6, coletiva de imprensa em sua sede para divulgar estudo inédito do mercado imobiliário da região, desenvolvido por Robert Michel Zarif Assessoria Econômica, em parceria com o departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. O levantamento inclui dados de lançamentos, vendas e valor do metro quadrado nos municípios de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande.
Ainda, a iniciativa, que contou com a presença de Renato Monteiro, diretor regional do Sindicato, dentre outros dirigentes de entidades locais, foi coordenada por Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
“Segundo dados da FGV, o mercado imobiliário brasileiro deverá produzir cerca de 22 milhões novos domicílios até 2022”, analisou Petrucci, ao fazer referência à atual estabilidade do setor, dentre outros fatores, também devido a um reflexo do equilíbrio na “formalização” das atividades de trabalho no Brasil. “O setor de serviços é o que mais cresce no País”, completou.
O economista do Sindicato garantiu que hoje a situação do mercado imobiliário nacional é bem diferente da dos EUA e de vários países da Europa, onde ainda existe muita crise. “Recentemente, muitas empresas se alarmaram com a chegada do capital externo, porém, atualmente ele representa apenas 30% do mercado. Contudo, nosso risco de investimento é de apenas 1,9%”, disse.
Há muito o que crescer
O levantamento apresentado pelo consultor e economista Robert Zarif é pontual, e está fundamentado num estudo de números médios que envolvem desde unidades mais populares, de 1 dormitório, até imóveis de padrão elevado com valor de metro quadrado que beira os R$ 11 mil. “No universo pesquisado, todos os produtos tiveram demanda e giro”, observa o especialista.
Ainda de acordo com Zarif, a região registra uma participação importante dos imóveis de 2 e 3 dormitórios, fatias que representam quase 80% do mercado. Já as unidades com tamanho entre 48 metros e 80 metros são as mais demandadas. “Embora o estudo englobe toda a Baixada, é importante destacar algumas peculiaridades. Santos, por exemplo, tem um déficit para imóveis de 1 dormitório, cuja a procura é grande. Na cidade predominam as unidades com tamanho entre 90 metros e 130 metros”, diz.
Por outro lado, municípios como Praia Grande, Itanhaém e Mongaguá, que ainda disponibilizam maior área de terreno, conseguem empreender de forma mais diversificada – da quitinete ao apartamento 3 dormitórios de frente para o mar. “É um movimento semelhante ao vivido por Santos nas décadas de 40, 50 e 60”, ilustra Zarif.
Veja a íntegra do estudo.