Estudantes movimentam mercado imobiliário do Interior nos primeiros meses do ano
Historicamente, janeiro e fevereiro são meses de grande agitação no mercado de locação – e até mesmo de comercialização – no interior do Estado de São Paulo. “Um fator que movimenta ainda mais o segmento nesta época do ano é a busca de imóveis por estudantes”, observa Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP e diretor geral da entidade em Sorocaba.
Para Amary, o atual número de estudantes, muitos de fora de Sorocaba, mostra a necessidade de atenção especial para este mercado. “Temos mais de 50 instituições na cidade, entre escolas técnicas, faculdades e universidades. O mercado imobiliário precisa atender a esse público.”
O vice-presidente do Secovi-SP acredita que o jovem passou a apostar em Sorocaba – e também em outros municípios de perfil semelhante – devido à questão da infraestrutura. “Contamos com um mercado pungente, disposto a absorver a demanda dos jovens”.
De acordo com Rosana Chiminazzo, diretora de Locação do Secovi-SP em Campinas, a movimentação estudantil no município e entorno começa já no final de dezembro. “Em janeiro, a demanda dispara, cerca de 30% acima da de outros meses”, comenta, acrescentando que a procura segue aquecida em fevereiro. Ainda segundo Rosana, a maior procura no segmento na região é para imóveis de 1 e 2 dormitórios.
Em Piracicaba, Angelo Frias Neto, membro da vice-presidência de Locação do Secovi-SP e representante local do Sindicato informa que no primeiro bimestre do ano a procura por imóveis é 40% superior à média de outros meses. Segundo ele, devido aos universitários – um contingente formado por mais de 14 mil pessoas, os estoques de imóveis para locação estão normalmente zerados no início de março.
Em Rio Preto, nesta época acontece uma verdadeira busca por imóveis por parte dos pais de estudantes de todos os níveis, e de praticamente todas as partes do País, segundo o diretor geral da unidade do Secovi-SP no município, Joaquim Ribeiro.
“Muitos chegam a comprar imóveis para, além de servir os filhos durante o período de formação acadêmica, ter um ponto de apoio para a realização de seus negócios na área urbana”, revela o diretor. Atualmente, a demanda para esse segmento está focada nas unidades de 1 ou 2 dormitórios, próximas a bolsões de serviços. “A região Sul de Rio Preto é uma das mais disputadas”, considera ainda o diretor.
Já em Bauru, o crescimento médio de empreendimentos de perfil acadêmico chega a aproximadamente 500 unidades/ano, grande parte para atender a demanda dos cerca de 40 mil estudantes fixados em Bauru e entorno. “A locação é garantida, e há tempos registra-se escassez de imóveis no eixo das Nações Unidas (zona Sul), por exemplo”, ilustra Fernando Pegorin, diretor de Vendas e Locação da unidade regional do Secovi-SP na cidade.
Ainda segundo Pegorin, o crescimento do mercado de locação bauruense para estudantes cresce paulatinamente, “nunca menor do que aproximadamente 500 unidades por ano”, diz.