Secovi-SP no interior paulista contra a dengue
Como o verão é a estação propícia para a proliferação da doença e muitos turistas reabrirão suas casas de veraneio no Carnaval, é importante uma inspeção prévia nesses imóveis. “As unidades regionais do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) no interior do Estado recomendam atenção às medidas socialmente responsáveis e sustentáveis. O mercado imobiliário regional pode e deve difundir informações que corroborem para a integridade e a saúde da população”, considera Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Sindicato.
O número de casos da dengue no País nesse início de 2011 é bem menor do que o registrado no mesmo período de 2010. Segundo recente levantamento da Secretária de Estado da Saúde, a queda foi de 95% no registro de casos de dengue em todo o Estado de São Paulo no último mês de janeiro. Porém, a atenção deve ser permanente, quando se leva em consideração que cerca de 75% das ocorrências acontecem nos cinco primeiros meses do ano, segundo informações do Ministério da Saúde.
Presente no dia a dia das pessoas
“O universo condominial da Região Metropolitana de Campinas (RMC) representa uma força ativa contra a dengue. Vamos nos unir na proliferação de atitudes conscientes”, defende Kelma Camargo, diretora regional da unidade do Secovi-SP.
Em Campinas, a Vigilância em Saúde constatou, até o final de janeiro, 13 casos confirmados de dengue. Mas a Prefeitura adotou ações de conscientização, a exemplo do tema do Carnaval 2011: O bicho tá solto, pegue o bicho. Já equipes da Prefeitura de Nova Odessa promoveram, na segunda semana de fevereiro, a 3ª etapa do Arrastão Contra Dengue 2011, quando foram visitados mais 1,2 mil imóveis de três bairros do município.
Como maior cidade em número de habitantes do Vale do Paraíba, São José dos Campos – cuja Prefeitura realizou, de 14 a 19/2 a Semana D de combate à dengue – foi indicada pelo critério densidade populacional no mapa de risco para a dengue na região. Contudo, em 2010 Taubaté foi a cidade do entorno que registrou o maior número de casos da doença. Este ano já houve 126 notificações e 16 casos foram confirmados na cidade. Ao lado de Caraguatatuba e São Sebastião, a cidade é considerada área prioritária.
“Principalmente os condomínios de praia devem redobrar a atenção com a dengue nesse período, além de facilitar o acesso dos agentes das prefeituras”, reflete Iolanda Rufino, diretora de Condomínios da unidade regional do Sindicato no Vale do Paraíba.
“É muito importante que cada um faça a sua parte e fique atento para a prevenção e eliminação dos criadouros, tanto nos condomínios horizontais, como nas áreas comuns dos edifícios, para, assim, evitarmos a proliferação”, analisa Cleusa Bersi, diretora de Condomínios do Sindicato em Sorocaba.
Segundo a área de Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde da cidade, desde o início do ano até a sexta-feira, 11/2, 17 casos de dengue foram registrados em Sorocaba. Do total, 11 são importados (contraídos em outras cidades) e seis autóctones (pessoas que se contaminaram na própria cidade).
Chuvas: preocupação para a Baixada Santista
Em 2010, só no Guarujá foram confirmados 9.511 casos de dengue, com 27 mortes, número que tornou a cidade recordista da doença em toda a região metropolitana da Baixada Santista. Até agora, nenhum caso suspeito foi notificado no município, mas nem por isso deve-se baixar a guarda.
“Nós, do mercado imobiliário local, nos preocupamos muito com a questão”, afirma Renato Monteiro, diretor do Secovi-SP na Baixada. Em dezembro, foi promovida uma série de mutirões previstos dentro do Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Dengue 2010/2011 na Baixada Santista.
Oeste paulista vencendo o mosquito
O ano de 2010 ficou marcado pela maior epidemia de dengue já vivida pela população riopretense. Este ano os casos caíram em até 98% – até metade de fevereiro foram 20 casos -, um sucesso da Vigilância Sanitária local, que concentra esforços para combater o mosquito. “Numa região quente como a nossa, a água é uma constante na vida das pessoas. Moradores devem observar seus imóveis fechados, principalmente aqueles com piscina”, alerta Joaquim Ribeiro, diretor geral do Sindicato em Rio Preto.
Já a cidade de Bauru, também considerada uma área de risco pela Secretaria Estadual de Saúde, totaliza até o momento, 116 casos da doença (114 autóctones, ou seja, contraídos dentro do município, e dois importados). “A secretaria municipal de Saúde está percorrendo os imóveis, portanto, a nossa orientação é para que tanto síndico, zelador ou mesmo moradores, facilitem o acesso desses profissionais”, orienta Leilane Strongren, diretora de Condomínios do Sindicato na região.